Procuro o silêncio em mim
Verónica Costa
Aquela paz que me conduz
Viajo por lugares maravilhosos
Enquanto o meu corpo se perde
Busco aquele amor verdadeiro
Encontro-o no rosto da amizade
Ah! A amizade!
Como se prepara para a festa!
Veste-se de um sorriso mágico
Adorna-se com um abraço fraterno
Alegra-se no encontro poético
Celebra-se a cada momento eterno.
Categoria: Poesia
Poema “Os Poetas na Obra: 100 encontros”, em São Torcato
Alexandre, sempre à frente
O primeiro a apresentar a sua seleção
Dos dez poemas organizados
Ficou tudo na perfeição.
Araújo o mais bem-disposto
Poeta e compositor destes mundos
Com a voz sonante e cativante
Que toca nos sentidos mais profundos.
Artur, o que te valeu foi a tua sobrinha!
Pessoa organizada e eficiente
Que te preparou toda a papinha
E o livro nasceu claramente.
Bernardete, a nossa Menina
Profunda nas suas divagações
Com o seu sorriso alegre
E as suas grandes inspirações.
Fernanda, muito acolhedora
Com os poemas selecionados
Só lhe faltava o computador
Para o meu email serem enviados
Uma pequena visita à sua casa
E logo ficou tudo solucionado.
Isabel, simples e autêntica
Tinha de fazer parte
Mesmo sem intenção
Ela mostrou a sua arte.
Jorge, trapalhão e bem-disposto
Depois de várias tentativas
Reformatou-se o PC
Resolveram-se as chatices.
Mandina, luz do nosso grupo
Sempre disponível prontamente
Enviou a sua arte poética
Que nos envolve completamente.
Martins e Esperança,
Inspiradores, olhares atentos
Sempre participativos nos encontros
Relutantes na obra, não pensavam participar
Um raio de sol trouxe-os para com o livro colaborar.
Serafim , o mais recente membro
Foi uma bênção!
Puro nas ideias e nas palavras
E bondoso no coração.
Poema “Santidade”
Penha, a 15 abril 2022
Se fosse tão simples a busca da Verdade
Não seria preciso ler, refletir e analisar
Foram sendo divulgadas as leis da Sua Santidade
Que conquistam os corações prontos para amar.
Se o mundo se virasse para a Divindade,
O que aconteceria neste emaranhado lugar?
Libertar-se-ia dos grilhões em direção à liberdade
E a humanidade atingiria finalmente a Unidade.
Poema “Presença/Ausência”, videochamada a 11 jul 2020
Tenho-Te cativo em mim
Desde sempre procurei-Te
Um espaço por preencher
Um vazio silencioso e gritante
Tenho-Te cativo em mim
Num momento senti-Te
Um rasgo de alegria
Uma forte presença
Tenho-Te cativo em mim
Que comunhão tranquila
Uma busca inquieta
Para Te poder sentir
Tenho-Te cativo em mim
Mesmo estando ausente
Sinto a Tua presença
Escuto a melodia
Tenho-Te cativo em mim
O passo é o mesmo
Numa dança à distância
Que nos aproxima
Tenho-Te cativo em mim
Estás perto
Estás longe
Estás aqui!
Poema “Sobre Covid”, videochamada a 18 abril
A nossa geração foi surpreendida
Com algo tão estranho e inédito
Será que a nossa sociedade está perdida?
Ou é antes a natureza a projetar a seu grito
Uma ou outra ou até o Divino…
Todos nos lançaram ao:
confinamento
afeitamento
isolamento
e também ao comprometimento
Colaborando para que melhore
Acreditando que estaremos juntos
Aprendendo que é preciso
parar de correr
observar o que nos rodeia
escutar os outros
sentir o nosso coração
e acima de tudo
é preciso continuar a amar!
Poema “Cores”, Associação Vida a Cores, Pevidém
O verde da paisagem canta poderosamente
Em cada erva, árvore ou prado
O azul da água abraça a fauna carinhosamente
Em cada lago, rio ou oceano
Ambos dominam os tons do nosso planeta
Que, visto à distância, exibe-se vaidosamente
Destacando-se num vazio escuro e infinito
Iluminado pelo Sol que o aquece calorosamente.
Poema sobre aquecimento global – Citânia de Briteiros
Poema sobre artigo 4° da Declaração Universal dos Direitos Humanos
Após vários séculos de permissão
Tratar o humano como mercadoria
Em muitos lugares era uma tradição
Agora no papel consagra-se
o fim da escravidão!
Dia Mundial da Poesia
Associação Convívio em Guimarães
Poema sobre “Caldinhos”, em Pevidém
A tigela vem a fumegar
Mas o melhor é mesmo o aroma
Que cria a vontade de devorar
Entrando numa espécie de redoma.
Atropelam-se os ingrediente amontoados
Que à nossa vista nos agrada
Em tons misteriosamente envolvidos
Resta saborear cada colherada.
Se a todos chegasse este caldinho
Certamente não haveria fome no mundo
Seria tão bom chegar a cada cantinho
Com o caldo e um sentimento profundo.
Poema sobre artigo 6° da Declaração Universal dos Direitos Humanos
A pedra forte, não se move
A flor exibe um perfume único
O cavalo percorre distâncias longas
Tocam todos numa harmoniosa sinfonia
Uma quase perfeita e bela melodia
Que se for apreciada por nós
Une-nos a esta complexa criação
E torna-nos mais humanos
Num ser que ganha o seu valor
Que tem de ser reconhecido
Por todos, em qualquer lugar.